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Introdução
 
 
Acadêmico(a): Luis Henrique Bogo
Título: Agentes Inteligentes para o Processo de Negociação em um Ambiente de Comércio Eletrônico
 
Introdução:
Segundo [FAR1998], a Internet é considerada um dos maiores fenômenos do século XX, e tem feito com que as pessoas e organizações tenham que repensar o modo com que executam suas tarefas diárias. Para [SIE1997], na maioria das indústrias, o comércio eletrônico fatalmente implicará na redefinição de como elas criam novos produtos e colocam no mercado, como elas conseguem clientes para seus produtos e conquistam esses clientes, e como elas se comprometem com consumidores finais, fornecedores e sociedade. Uma das tecnologias que terá um importante papel nesse novo contexto é a Inteligência Artificial, em especial, por meio da tecnologia de agentes inteligentes. [BIT1998] afirma que o objetivo central da IA (Inteligência Artificial) é simultaneamente teórico – a criação de teorias e modelos para a capacidade cognitiva – e prático – a implementação de sistemas computacionais baseados nesses modelos. IAD (Inteligência Artificial Distribuída) é definida por [RIC1994] como aquele que é composto por um conjunto de módulos separados (em geral chamados de agentes, já que cada módulo assume o papel de uma entidade de solução de problemas) e por um conjunto de caminhos de comunicação entre eles. [BRE1998] faz uma analogia da IAD com as soluções de problemas realizadas por humanos. Segundo ele, IAD faz uso de um aglomerado de especialistas que se utilizam cooperação para resolver problemas complexos, que não poderiam ser resolvidos por uma pessoa individualmente. Segundo [FLE1996], agentes são programas que travam diálogos, negociam e coordenam transferências de informações. Já segundo [HEI95] define agente como “alguém ou alguma coisa que atua como um representante de outrem, com o propósito de desempenhar ações que são benéficas para a parte representada”. Agentes se diferenciam de outras aplicações por apresentarem mobilidade, autonomia e habilidade de interagir independentemente da presença do usuário. [SOU1996] caracteriza agentes como “sistemas computacionais residentes em ambientes dinâmicos complexos, os quais percebem e atuam autonomamente, e ao fazê-lo realizam um conjunto de objetivos e tarefas para os quais foram designados”. Por fim, [PAL1998] define agentes como “uma entidade real ou abstrata que é capaz de agir sobre ela mesma e sobre seu ambiente, que dispõe de uma representação parcial deste ambiente, que, em um universo multiagente, pode comunicar-se com outros agentes, e cujo comportamento é conseqüência de suas observações, de seu conhecimento e das interações com outros agentes”. No estudo de agentes inteligentes, a tendência atual contempla o desenvolvimento de aplicações modestas sobre domínios restritos. No presente momento a pesquisa vem sendo realizada sobre agentes isolados, tais como agentes de mail, agentes de news e agentes de pesquisa. Mas, segundo [PAL1998] os primeiros passos rumo à construção de aplicações integradas onde os agentes isolados desempenham o papel de peças elementares vem sendo desenvolvidos. A expectativa é que esta seja a principal tendência para os próximos dois a três anos. Muitos estudos já foram realizados visando a utilização de agentes inteligentes no comércio eletrônico, mas alguns, como [FAR1998] defendem a principal funcionalidade de um agente seria a procura pelo menor preço, o que implica na questão da negociação. A negociação foi uma área muito estudada por teóricos durante décadas. Segundo [ZEN1996], o estudo da utilização de agentes autônomos em ambientes eletrônicos para os processos de negociação é uma área em crescimento. Segundo [BEA1996], a negociação dentro do comércio eletrônico é definida como um processo em que duas ou mais partes, multilateralmente barganham recursos para um ganho múltiplo, usando ferramentas e técnicas de comércio eletrônico. [BEA1996] ainda define negociação eletrônica como uma negociação realizada por computadores interligados, sem a intervenção humana no processo. Os sistemas multiagentes atuais estão mudando o significado das negociações para vários caminhos. Enquanto um dos modos descreve os subproblemas e recursos para a negociação, o outro modo descreve uma negociação direta entre dois agentes. Enquanto o protocolo de negociação provê regras que possibilitam as duas formas de negociação, sua estratégia depende da implementação do próprio agente [BRE1998]. Conforme [FAR1998], atualmente os agentes utilizados em ambientes de comércio eletrônico podem ser divididos em dois grupos, os agentes que procuram produtos e reportam apenas o preço final e os agentes que realizam o processo de negociação. O grande problema de vários ambientes de comércio eletrônico no Brasil, principalmente de médio e pequeno porte, é que os mesmos resumem-se a mostrar aos clientes apenas o preço final do produto, sem disponibilizar uma possibilidade de negociação, que é chave fundamental para uma grande parte das vendas realizadas. O presente trabalho visa discutir a utilização de técnicas de Inteligência Artificial, mais especificamente agentes inteligentes, no processo de negociação dentro do comércio eletrônico, assim como a implementação destes agentes e sua aplicação em um sistema de comércio eletrônico. Na especificação dos agentes, será utilizada a metodologia Object Modeling Technique (OMT), definida por [BRE96] e na implementação será utilizado a linguagem de programação java.