MIPE apresenta trabalhos à comunidade e discute o tripé ensino, pesquisa e extensão

MIPE apresenta trabalhos à comunidade e discute o tripé ensino, pesquisa e extensão

Foto: Gregory Martins

Na terça-feira, 03 de outubro, aconteceu na FURB a abertura da 17ª Mostra Integrada de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura, a MIPE, com a participação da professora Mercedes Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Fundação do Ministério da Educação (MEC) que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação. Além disso, desde 2007, a CAPES também é responsável pela formação de professores da educação básica. 

Durante sua palestra, intitulada “O Papel da CAPES na Educação Brasileira”, a professora Mercedes apresentou um panorama geral da instituição, com um rápido histórico da fundação. O principal foco de toda a apresentação foi mostrar dados e as respectivas análises sobre os programas de pós-graduação por todo o Brasil, com recortes por estados e regiões.

A consideração mais ressaltada pela presidente foi a de que a distribuição dos programas de pós-graduação no Brasil sofre de uma “assimetria regional”. Na prática, como mostrado por seus dados e infográficos, isso implica em dizer que a maior parte dos programas está concentrada nas capitais de cada estado e, ainda, que a região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo, concentra a maior parte dos programas em nível nacional. O Brasil apresenta o que ela chama de “vazios regionais”, com a região Norte, por exemplo, sendo bastante desfalcada e apresentando apenas um programa de nota 7.

Analisando o estado de Santa Catarina, Bustamante aponta que apesar de a maioria dos programas de pós-graduação ainda se concentrarem em Florianópolis, já é notável um crescimento em cidades na parte continental do estado, a exemplo de Blumenau, Joinville e Chapecó.

Outro ponto interessante destacado na palestra foi a conjuntura das pós-graduações no cenário pós-pandemia, observando-se na região Sul uma recuperação consideravelmente “boa”. Em análise nacional houve queda no número de mestrados acadêmicos e leve crescimento no de doutorados acadêmicos e mestrados profissionais. Também se concluiu que o Brasil ainda está abaixo de países desenvolvidos.

Estão entre os desafios da CAPES a dificuldade de acesso aos programas, a permanência nos mesmos e a empregabilidade dos acadêmicos após a conclusão, pois há uma lacuna entre os números de formados e empregados na área. Ainda pode-se destacar uma baixa presença de estrangeiros no país, acenando para a necessidade de tornar os programas mais atraentes em nível mundial.

Assim, como objetivos futuros da instituição está a meta de atrair estudantes de outros países, bem como melhorar a distribuição pelo país, alcançando outras regiões além de São Paulo, que é o atual foco. Além disso, Mercedes ressaltou como um dos aspectos centrais dos programas, o auxílio da CAPES na aproximação entre a escola, universidade e secretarias de educação, pois a “formação de bons professores na educação básica é que vai gerar bons profissionais na graduação”, destacou.

(Reportagem de Guilherme Peters, estudante de Jornalismo)

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Acompanhe na reportagem da FURB TV um pouco mais sobre a 17ª MIPE