Edifurb lança obra que resgata colonização italiana no Sul

Edifurb lança obra que resgata colonização italiana no Sul

Foto: CMC

Oferecer um recorte da colonização italiana ocorrida no Sul brasileiro, em particular no município catarinense de Ascurra é o propósito do livro de Amauri Alberto Buzzi, lançado pela Editora da FURB. Na obra “Colonização e descendência italiana de Ascurra”, Buzzi retrata maneirismo e costumes de época, muitos desses já perdidos, mas resgatados ao longo de seu texto. No livro é possível encontrar, com detalhes, assuntos dos mais variados: a demarcação da colônia, a fundação de Ascurra, as práticas religiosas daqueles que ali primeiro estiveram, perfis de importantes lideranças e personalidades marcantes daquelas localidade, além de uma série de outros aspectos. A riqueza da obra, além de seu texto, está no vasto material fotográfico, que revela, em detalhes, muito do passado.
 
Amauri Alberto Buzzi é empresário e professor na Universidade Regional de Blumenau (FURB) e apesar de não ter nascido no município sobre o qual escreve, nasceu em Rodeio, cidade que compõe uma das muitas daquelas que recebeu imigrantes de origem italiana. Assim, o tema descrito em seu livro lhe é familiar na medida em que é filho de descentes de imigrantes italianos oriundos de Cremona (Lombardia) e Castelnuovo (Trento).
 
Ele escreve na sinopse da obra: “há muitos trabalhos sobre a colonização italiana no sul do Brasil. Dessa forma, não vamos trazer nenhuma nova luz aos fatos, mas apenas repetir a história com enfoque no município de Ascurra e suas eventuais influências. Assim mesmo foi necessário um longo tempo para localizar e recuperar o material necessário, incluindo-se o material que já estava pronto. Nos valemos de historiadores como José Escalabrino Finardi, José Ferreira da Silva, Frei Ary Pintarelli etc. Sugerimos uma leitura crítica nos escritos sobre as diferenças havidas entre religiosos da época. Certamente deixamos em aberto muito material a respeito, que requer outra oportunidade. Inclusive, para registrar, o presente ouvimos no arquivo histórico de Blumenau a severa crítica de que os italianos não têm material para preservar a sua memória. Isso foi mais um incentivo a este trabalho, que contém um acervo fotográfico recuperado para a posteridade e que pode ser parte de um álbum fotográfico ainda incompleto, mas ao alcance de todos”.