Embalagens comestíveis devem impactar mercado vegano

Embalagens comestíveis devem impactar mercado vegano

Foto: CMC

Pesquisadores do Grupo de Engenharia Bioquímica e Alimentos (GENBIA), do Programa de Pós-graduação em Engenharia Química da Universidade Regional de Blumenau (FURB) estão desenvolvendo pesquisas sobre embalagem comestível produzida a partir de ingredientes exclusivamente de origem vegetal.
 
O objetivo do trabalho de mestrado da engenheira Eduarda Mueller, orientada pela professora Dra. Carolina Krebs de Souza, é inovar o mercado de embalagens sustentáveis e impactar na redução de materiais plásticos comumente utilizados em embalagens, além de auxiliar efetivamente na redução do desperdício de alimentos. A pesquisa que atende ao público vegano foi desenvolvida em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio da Dra. Cristiane Helm.
 
Com princípios ativos, a embalagem muda de cor quando o alimento se deteriora, graças ao potencial da erva-mate, a principal matéria prima utilizada na pesquisa. Assim, o estudo desenvolve embalagens inteligentes, as quais permitem que o consumidor final consiga avaliar se o alimento está em condições adequadas imediatamente antes do consumo, podendo se basear em outro fator que não apenas na data de validade expressa no rótulo.
A professora Carolina afirma que, com ênfase também na sustentabilidade, já foi comprovada a degradação da embalagem em apenas duas semanas, quando em contato com o solo. “Existe uma forte tendência para utilização de materiais que reduzam o impacto ambiental, como embalagens biodegradáveis para, principalmente, atender exigências do atual consumidor. Este entende que é ecologicamente inadmissível consumirmos um alimento cuja embalagem descartada poderá levar anos para se deteriorar”.
 
Para Eduarda, além da preocupação ambiental em substituir os filmes sintéticos por biodegradáveis, também cresce o interesse na qualidade dos produtos embalados. “A segunda maior causa da deterioração de alimentos é a oxidação, por isso pensamos na erva-mate, que tem poder antioxidante, cientificamente comprovado”.
 
A erva-mate, porém, não é apenas antioxidante, mas também antimicrobiana, impactando positivamente na vida útil dos alimentos. O teste principal realizado com aplicação em pescado indicou resultados promissores no controle microbiano, aumentando a conservação do produto alimentar.
 
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