A exposição “Da Irrelevância ao Vazio” da artista Daniela Torrente, de São Paulo (SP), estará no Salão Angelim, de 26 de julho a 19 de agosto. Com a ideia de ampliar a discussão sobre imposições de padrão de beleza como fato histórico, a artista traz reflexões para a contemporaneidade e apresenta na exposição “Da irrelevância ao vazio” os trabalhos “Anáguas” (2021) e “Carte de visite” (2022), compostos de fotografias impressas em papel de algodão e uma instalação com anáguas.

Na Era Vitoriana (1837 a 1901), período do reinado da Rainha Vitória na Inglaterra, as mulheres se encantaram com uma criação da indústria da moda que prometia torná-las mais sexy, higiênicas e saudáveis. Esse acessório chamava-se crinolina, uma armação ou anágua feita de crina de cavalo e linho presos a metais formando uma gaiola, que era usada por baixo dos vestidos, dando volume, porém sendo mais arejados e mais leves dos que as imensas camadas de tecidos utilizadas até então. Para corresponder ao ideal de beleza da época, as mulheres se submetiam a situações torturantes.

Nessa mesma época, André Adolphe Eugène Disdéri inventava as “cartes de visite”, um gênero da fotografia que fornecia um ar aristocrático à fotografia até chegar ao gosto popular dos retratos de família. Nessas fotografias era possível observar acessórios utilizados pelas mulheres como broches, apliques, perfumes, compondo o que a sociedade espera da “identidade feminina”.

Sobre a artista

Daniela Torrente (São Paulo, 1976), vive e trabalha em São Paulo. Pós-graduada em Imagem, Processos, Gestão e Cultura Contemporânea – CEI Madalena. Graduada em Artes Visuais, pela Faculdade Santa Marcelina. Participa do grupo de acompanhamento de projetos Hermes Artes Visuais, orientado pelos artistas Carla Chaim, Nino Cais e Marcelo Amorim. Seu trabalho é parte do acervo do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS).

Participou da seção de leitura de portfólio Descubrimientos no Festival Internacional de Fotografia  PhotoESPAÑA 2022. Sua pesquisa transita entre seu interesse na construção da identidade feminina e sua experiência como descendente de refugiados armênios. Esses eixos podem seguir isolados, porém é comum que se esbarrem com frequência. Utiliza a fotografia como base, mas também lança mão da gravura, vídeo e outras mídias onde é possível expressar temas conectados com pertencimento, negação, memória, padrões, identidade, feminino e cotidiano.

Exposição individual: MIS Nova Fotografia 2020 (São Paulo/SP, 2021). Premiada no 2º Salão de Artes Visuais de Indaiatuba (Indaiatuba/SP, 2016). Exposições coletivas: MARP 19º Programa de Exposições (Ribeirão Preto, 2022), Encuentro Fotografico Santander (Colombia, 2021), 27º. Salão de Artes Visuais de Praia Grande (Praia Grande/SP, 2021), Festival de Fotografia de Paranapiacaba 2021 (Paranapiacaba/SP, 2021), 17º. Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco (Paraty/RJ, 2021), Impressões da Memória - Casa Abaeté (Ribeirão Preto/SP, 2021), SAV Salão de Artes Visuais de Vinhedo (Vinhedo/SP, 2021) 960p – Residência Fonte (São Paulo/SP, 2021), The exploration of the female existence – MIA Anywhere (MIA Collection, 2020), Lumen Exhibition - Espacio Gallery (Londres/UK, 2017), Pós-Imagem vol.1 – Imagem e Política – CEI Madalena (São Paulo/SP, 2017), Origens - Galeria 1338 (São Paulo/SP, 2016), 52º. Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica (Jaú/SP, 2016), 31ª. Anual de Artes Plásticas - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2015), Mostra Anual de Artes Visuais - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2015), Mostra de Artes no Centro Permanente de Exposições de Arte “Prof. José Ismael” (Guarulhos/SP, 2015), Mostra de Foto e Vídeo - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2015). 13º Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos - Centro Mun. Educação Adamastor (Guarulhos/SP, 2014), Mostra Anual de Artes Visuais - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2014), Mostra de Pintura e Desenho - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2014), Mostra de Experimentações Gráficas - Espaço Eugenie Villien FASM (São Paulo/SP, 2014)

A abertura da exposição “Da Irrelevância ao Vazio” ocorre dia 26 de julho, às 20 horas no Salão Angelim, localizado na Biblioteca Universitária, campus 1 da Universidade Regional de Blumenau (FURB).  A visitação é aberta a toda comunidade. Entrada gratuita.

Serviço:
Exposição “Da Irrelevância ao Vazio”, por Daniela Torrente
Período de Visitação: de 26 de julho a 19 de agosto de 2022, segunda a sexta-feira das 08h às 21h30min e sábados das 09h às 13h.

Local: Salão Angelim, Biblioteca Universitária, Câmpus 1 da FURB.