O evento acontece em São Paulo, e a FURB disputa o prêmio com a Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo (SP), e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Em 2012, o Prêmio Destaques do Ano recebeu 814 inscrições de 350 instituições de ensino superior de todo o país. Além da categoria “Sustentabilidade”, há ainda finalistas nas categorias “Combate à evasão”, “Integração entre graduação e pós-graduação” e “Internacionalização”.

 

À frente do SGA desde sua criação, a coordenadora do sistema, Geovani Zanella, acredita que o que chamou a atenção dos jurados do prêmio foi a integração no controle de resíduos sólidos (recicláveis e perigosos, incluindo os resíduos de saúde) e líquidos (esgoto). A FURB ainda conta com todos os licenciamentos e alvarás necessários, e realiza constantemente treinamentos com os servidores e bolsistas dos laboratórios e terceirizados da limpeza.

 

Com a troca dos filtros dos bebedouros nos corredores e a substituição gradual de torneiras antigas por automáticas nos banheiros, a universidade viu o consumo de água diminuir 73% num comparativo de Janeiro e Fevereiro de 2012 para 2011.

 

Outras medidas ambientais citadas por Zanella foram diminuir a concentração dos princípios ativos dos produtos de limpeza (domissanitários, utilizados na limpeza geral da universidade) em 50%, eliminar o uso de agrotóxicos em todos os campi e questionar a compra de materiais de consumo. “Nas licitações, atentamos para o fato de que, muitas vezes, produtos tóxicos podem ser substituídos por aqueles de menor toxicidade”, exemplifica a servidora.

 

Resíduos
Uma das principais funções do Sistema de Gestão Ambiental da FURB é gerenciar os resíduos sólidos produzidos no dia a dia da Universidade. Os resíduos da chamada Classe 1 (inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e patogênicos) somam 23 toneladas por ano. Este volume é encaminhado para tratamento e disposição final em aterro industrial ou sanitário. Já os materiais recicláveis (Classe 2B) somam 4,4 toneladas por mês – cerca de 90% deste total são papéis e plásticos, doados à Reciblu/SAMAE. Já os metais e vidros recolhidos são vendidos para gerar fundos para a manutenção do SGA.

 

Além disso, a FURB coleta cerca de 7 mil lâmpadas fluorescentes (contendo mercúrio) todos os anos, encaminhando-as para descontaminação. “Só ainda não possuímos, por uma questão de espaço, uma área de compostagem para o resíduo orgânico, que atualmente é recolhido pelo SAMAE”, explica a coordenadora do SGA.