Golpe militar de 1964 e Comissão da Verdade são temas de debate na FURB

Golpe militar de 1964 e Comissão da Verdade são temas de debate na FURB

Foto: Rooker/Creative Commons

No próximo dia 31 de março, o golpe de Estado que colocou militares no comando do Brasil de 1964 até 1985 completa 49 anos. Aproveitando a data, os cursos de Ciências Sociais e Ciências da Religião da FURB trazem o tema para reflexão na universidade com o debate “O Golpe de 64 a e Comissão da Verdade”. O evento ocorre nesta segunda-feira (1/4), às 18h30min, no Auditório do Bloco T (Câmpus 1). É o primeiro de uma série de ciclos de debates que os dois cursos pretendem promover mensalmente na universidade.

 
Entre os palestrantes estão o advogado da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Prudente José Silveira Mello, o Padre Wilson Groh, membro do Centro Cultural Escrava Anastácia e o assessor sindical Ricardo Freitas.
 
A representante da FURB na mesa será a professora de História Cristina Ferreira, cuja tese de doutorado pela Unicamp, a ser concluída em 2014, aborda a sociabilidade e a cultura política dos trabalhadores de Blumenau no período de 1958 a 1968. “As questões políticas assumiram uma dimensão muito grande no trabalho. A cidade recebeu, nas eleições de 1960, os três candidatos à presidência, todos focando nos votos dos trabalhadores, visitando indústrias e fábricas. E após o golpe, Blumenau também foi visitada pelo general Castelo Branco, primeiro presidente do regime militar”, adianta a pesquisadora.
 
Verdade
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi instituída em março do ano passado, com o objetivo de apurar violações de direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988. No período do regime militar instaurado em 1964, há, por exemplo, 150 casos de desaparecidos políticos, opositores do governo que sumiram sem deixar rastros após serem presos ou sequestrados por agentes do estado. A CNV terá até dois anos para averiguar estes casos.