Projeto Bugio cria jogo para educação ambiental

Projeto Bugio cria jogo para educação ambiental

Foto: CMC

O Projeto Bugio, que em março deste ano completou 30 anos, realizado em parceria da  Universidade Regional de Blumenau (FURB) com o município de Indaial, lançou um jogo gratuito para educação ambiental de crianças. O aplicativo “Macacadas” proporciona um ambiente digital para que as crianças aprendam brincando. São quatro jogos dentro do aplicativo, entre eles um game de sons dos primatas brasileiros, outro que explora a visão, além de jogos de perguntas e respostas e jogo da memória para identificação das diferentes espécies.
 
O projeto para desenvolver este jogo, intitulado “Como os primatas se comunicam?”, surgiu a partir da necessidade de adaptar as atividades de educação ambiental realizadas de forma presencial pelo Projeto Bugio. “A gente tinha previsto outras atividades de interação e inserção de educação ambiental e aproximação da ciência nas escolas de educação básica da região, mas por causa da pandemia, para conseguir desenvolver essa atividade, a gente se adaptou, fizemos o desenvolvimento desse aplicativo, deste jogo”, conta Aline Naíssa Dada, técnica de manejo de animais do Projeto.
 
Em 2019 e 2020, através do projeto “Primatas Viajantes” foram desenvolvidos jogos de tabuleiro e uma cartilha sobre a Febre Amarela e os primatas. Impossibilitados de aplicar esses jogos e transmitir as informações científicas à comunidade de forma presencial nas escolas, nasceu a ideia para o aplicativo. Seguindo a temática do projeto, de comunicação dos primatas, o principal jogo do aplicativo trabalha com os diferentes sons produzidos por macacos de diferentes espécies brasileiras. “Desta forma os estudantes podem ver que cada animal tem uma vocalização diferente, sabem o nome de cada um deles e assim por diante”, explica Aline.
 
“A ideia é fazer com que os alunos conheçam a ciência que é desenvolvida na região. Nem sempre a gente precisa de um laboratório e uma bancada para desenvolver ciência. Os pesquisadores também atuam na floresta, estudando o comportamento dos animais, existem uma série de perfis diferentes de pesquisadores, então a ideia é fazer com que houvesse essa desmitificação do cientista e fazer com que os alunos estivessem mais próximos da realidade científica e das pesquisas desenvolvidas no projeto Bugio”, afirma Aline.
 
Além disso, o aplicativo Macacadas também potencializa que estudantes e professores de outras regiões do país tenham acesso a esses conhecimentos desenvolvidos pelo Projeto Bugo na FURB. No aplicativo são explorados conhecimento não apenas sobre o Bugio, mas de outros primatas como o Mico-Leão-da-Cara-Dourada, o Sauim, Sauá, Sagui, Muriqui, Macaco Prego e Macaco Aranha.
 
Tradicionalmente o Projeto Bugio oferece atividades e experiências de educação ambiental para escolas e alunos da região de Indaial e da FURB. Essas instituições de educação são atendidas tanto por demanda espontânea, através de contato com o Projeto, ou através de projetos de fomento onde são realizadas visitas nas escolas.
 
Este projeto foi realizado em parceria com o Estúdio Lune, que foi contratado para desenvolver o aplicativo e os jogos dentro dele, e financiado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC), junto ao programa SBPC Vai à Escola.
 
O acesso aos jogos é gratuito e está disponível para download nas lojas de aplicativo de celular. Para os professores e instituições de ensino que não possuem vínculo com o projeto, é possível entrar em contato com o Projeto Bugio por email, no endereço bugio@furb.br, e sinalizar interesse na cartilha com mais informações sobre os Bugios e a Febre Amarela. Entretanto, Aline frisa que não é necessário ter acesso a cartilha para usar o aplicativo e seus jogos.