As imagens retratam toda a excursão, revelando detalhes sobre a fauna, flora, geologia e as condições climáticas do continente mais frio do planeta. Pinguins e outras aves, focas e leões-marinhos foram alguns dos animais registrados pelo professor. A pouca vegetação, na maioria algas e musgos, divide com pedras alguns dos espaços já sem gelo, devido ao derretimento. No mar, flocos de gelo formando populações de pequenos icebergs. Ao redor do continente, paisagens congeladas.

 

“O intuito de conhecer a Antártica foi de elaborar um documentário sobre tudo o que envolve o sistema climático local. O continente influencia diretamente no clima da Terra e preocupa estudiosos devido às alterações que vem sofrendo. Porém, ainda é uma incógnita para a Ciência o que pode causar e entender o clima da Antártica”, relata Aumond.

 

Para Juarez, caso se confirme o degelo da Antártica, como está ocorrendo no Ártico, vários riscos são eminentes. ”O Ártico é um mar congelado e não mudará o nível do oceano. Já a Antártica é um continente coberto por camadas de gelo que chegam a 4 km de espessura, e se descongelar afetará consideravelmente o nível dos oceanos, chegando a inundar cidades litorâneas”, explica.

 

Outros riscos preocupam o geólogo. “O gelo possui teores de gases e com o derretimento as águas oceânicas estarão cada vez mais ácidas. O efeito pode prejudicar toda a fauna marinha”.