Foi o primeiro inventário concluído no país, e segundo o representante do Serviço Brasileiro Florestal (SBF) do Ministério do Meio Ambiente, Daniel Piotto, sua metodologia deve servir de exemplo para outros estados, que tem até 2016 para concluir os estudos. “Usamos o exemplo de Santa Catarina como caso exitoso por ter feito um trabalho de excelência e gerado dados de muito boa qualidade. Isso tem ajudado a convencer outros estados a implementar seus inventários”, afirmou o gerente de Informações Florestais do órgão governamental.

 

O IFF-SC é resultado de quase 5 anos de trabalho de aproximadamente 150 pesquisadores, entre biólogos, agrônomos, engenheiros florestais e estudantes. O levantamento foi coordenado pela FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau), cujo reitor, João Natel, prestigiou o encontro na Capital. O projeto foi quase totalmente financiado pela Fapesc), que também bancou a produção de 6 livros para disseminar as  conclusões do levantamento. Somando os recursos para a pesquisa e sua divulgação, o total se aproxima dos R$ 5 milhões, uma das maiores somas aplicada em um só projeto, revelou o presidente da Fapesc, Sergio Gargioni, na abertura da reunião.

 

Também estiveram presentes todos os coordenadores das cinco metas do IFF-SC, que resumiram alguns resultados, divulgados também por meio de folhetos e seminários em cidades como Blumenau e Florianópolis. A meta 1, por exemplo, previa a informatização e integração dos herbários catarinenses, e foi plenamente cumprida. “Qualquer um pode acessar os dados em qualquer lugar do mundo”, explica Alexander Vibrans, professor da FURB que coordenou o IFF-SC. “Diversos herbários já solicitaram o software (Herbaria 3.1), que é disponibilizado gratuitamente porque foi desenvolvido com dinheiro público”. Vibrans defende agora novos investimentos para transformar o projeto em programa de governo, permitindo o monitoramento dinâmico da vegetação e o bom uso do solo e dos recursos florestais.