Pegadas, ninhos, trilhas, escavações e qualquer vestígio da vida e evolução geológica é foco da Icnologia, área da paleontologia que não estuda os fósseis de organismos vegetais e animais, mas sim os seus vestígios geológicos que contam a história do lugar onde são encontrados. Essa foi a temática central da palestra de abertura da Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia, a Paleo 2021, nos estados de Santa Catarina e Paraná, que este ano é sediada na Universidade Regional de Blumenau.

 

Renata Guimarães Netto, doutora em Geociência e professora e pesquisadora na Unisinos, foi a convidada da Paleo para discutir o tema e abrir a programação, que acontece nos dias 21 e 22 de outubro.

 

A programação da Paleo segue amanhã, dia 22, com apresentações de trabalhos acadêmicos e científicos, roda de conversa sobre o ensino da paleontologia, e palestras com importantes nomes da paleontologia.

 

Entre eles Hugo Schmidt, doutor em Geociências com bolsa do Programa Nacional de Pós Doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e Cristina Vega, doutora em Geociência, atuando principalmente com os temas Paleontologia, Evolução e Bioestratigrafia, e como professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A primeira palestra, com Hugo Schmidt, acontece a partir das 9h45, e a segunda, com a professora Cristina Vega, às 14h.

 

 

Como uma forma de aproximar os pesquisadores da área, a Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP) criou a Reunião Anual, que em 1999 foi regionalizada. O evento proporciona não apenas a troca de conhecimentos e a confraternização, mas também a entrada de estudantes na área, que têm a oportunidade de apresentarem seus trabalhos e produções científicas. 

 

Durante a programação de 2021 serão discutidas diferentes áreas da paleontologia, falando sobre fósseis de mais de 500 milhões de anos, fósseis de vertebrados e invertebrados, micróbios antigos, e a evolução das plantas em Santa Catarina e Paraná.

 

Patricia Balistieri, professora da FURB e membro da organização da Paleo, explica que se surpreenderam com onúmero de participantes dessa edição. “O fato de ela ter sido lançada online fez com que a gente aumentasse o alcance. Nas edições presenciais a gente costuma ter 50 participantes, já neste ano temos 140 inscritos”, afirma ela.

 

Em função da pandemia, todas as atividades são realizadas de forma remota, através da plataforma do Microsoft Teams. Foi pela mesma razão que, desde a primeira edição regional, em 1999, a Paleo 2020 não foi realizada, sendo adiada para este ano.