​A presença singular da arte diferente da cor cinza

​A presença singular da arte diferente da cor cinza

Foto: Divulgação

O artista plástico Ivan Schulze, realiza nesta terça-feira (14-04), às 20 horas, no Salão Angelim da Biblioteca Universitária, Campus I, a exposição fotográfica O preto é o branco e o branco é preto.
 
Se tudo que víssemos estivesse invertido, o preto seria o branco e o branco seria o preto, o cinza ficaria com inveja por não ser tão extremo, mas se diferenciaria do seu tom, tudo provaria que o que vimos não é realmente o que vimos, e sim o que entendermos ter visto.
 
A ilusão de óptica não existiria se o olho humano não fosse ligado ao cérebro, assim podemos dizer que o olho é uma espécie de receptor de imagem e o cérebro o processador, porém esse processador muitas vezes se sobrepõe a nossa visão por prejulgar indeterminadas situações. A arte contemporânea propõe novos entendimentos e não somente a busca pelo belo e harmonioso. Foge dos prejulgamentos para criar um novo entendimento não convencional.
 
A exposição fotográfica O preto é o branco e o branco é preto não deixa de ter esse sentido da arte, porém é também uma crítica ao processo atual de produzir uma imagem fotográfica, por intervir por meios inversos, e abertos ao condicionamento do artista.
 
As imagens são resultado de dois processos distintos, parte das fotografias foram produzidas sem máquina fotográfica com uma técnica conhecida como Fotograma que necessita apenas do papel fotográfico, luz e o objeto que queira obter seu contorno ou imprimir sua superfície no caso de objetos translúcidos.
 
Outra parte produzida com máquinas antigas de médio formato ou câmeras escuras, sem utilizar o filme fotográfico, diretamente com papel fotográfico. A exposição pode ser vista com dispositivo celular que inverte a imagem, conhecido como efeito negativo para se obter a “revelação” ou a imagem real.